Allan dos Santos, Blogueiro e Bolsonarista, é condenado à pena de detenção em regime inicial aberto por 1 ano e 7 meses pelo crime de calúnia.
A decisão é da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
A vítima, Estela Renner, foi acusada por Allan de estimular o uso de maconha por crianças, em 2017, em um vídeo do Canal do YouTube Terça Livre.
O Canal do YouTube Terça Livre, de propriedade de Allan dos Santos, por decisão judicial, teve suas atividades suspensas pelo Google em julho de 2021.
De acordo com um inquérito, restou apurado que Allan dos Santo, por meio do seu Canal do YouTube Terça Livre, divulgava Fake News.
Atualmente, Allan dos Santos encontra-se foragido da Justiça brasileira, residindo nos Estados Unidos.
No entanto, o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decretou sua prisão em outubro de 2021, tendo, inclusive, determinado a inserção do seu nome na Lista Vermelha da Interpol.
Entenda o Caso!
O fato que motivou a decisão condenatória, em grau recursal, ocorreu em 2017 no Queermuseum, museu com temática LGBTQIA+, localizado na cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul.
Após uma exposição temática, grupos conservadores passaram a atacar as obras de arte e artistas de forma odiosa e preconceituosa. Tais obras de arte foram expostas no Santander Cultural entre agosto e setembro de 2017.
Segundo o que foi apurado, Estela Renner, cineasta e roteirista, foi acusada por Allan dos Santos de incentivar o uso de substância entorpecente, maconha, por crianças, em 2017, publicado em vídeo no seu Canal do YouTube Terça Livre.
“Está aqui, ó…Maria Farinha Filmes, Estella Renner…Não estou brincando. ..Veja com seus próprios olhos.
Esses filhos da p*** ficam querendo botar maconha na boca dos jovens. P*** que pariu… Querendo ensinar isso para criancinha.
Tudo isso aqui é o que está por trás do Santander Cultural, quando eles fazem zoofilia, pedofilia…”, afirmou Allan dos Santos, no vídeo.
Em primeira instância, Allan dos Santos foi absolvido.
Em grau recursal, interposto pela vítima, Allan dos Santos foi condenado à pena de detenção em regime inicial aberto por 1 ano e 7 meses pelo crime de calúnia.
Participaram da decisão unânime os desembargadores José Conrado Kurtz de Sousa, Jayme Weingarnter Neto e da desembargadora Andréia Nebenzhal de Oliveira.