Um homem que tinha sido preso por envolvimento com os atos golpistas do dia 8 de janeiro em Brasília, sendo posteriormente solto sob a condição de cumprir medidas cautelares, foi detido novamente na tarde desta sexta-feira (22), no Espírito Santo.
Trata-se de Marcos Soares Moreira que havia obtido a soltura por ordem do Ministro Alexandre de Moraes, mas que, já em liberdade, voltou a fazer publicações nas redes sociais contra o Supremo Tribunal Federal.
Marcos Soares Moreira obteve a liberdade condicional após aceitar cumprir algumas condições, as quais não forma cumpridas dentre elas a de não utilizar as redes sociais.
Já denunciado pelo Ministério Público, Moreira responde a acusação de incitar atos golpistas no dia de 8 de janeiro de 2023, que resultaram nas invasões e depredações contra as sedes dos três Poderes.
O que motivou a sua prisão foi um vídeo publicado nas redes sociais em que ele disse que jamais vai se curvar aos “bandidos” que têm a caneta na mão e cita Alexandre de Moraes e Rosa Weber, presidente da corte. Ele também chama os ministros de vagabundos e desafia o Supremo a prendê-lo.”
“Para mim é indiferente estar aqui ou lá dentro. Mas eu jamais vou me curvar a vocês, bandidos, que têm o poder da caneta na mão, porém são bandidos. Alexandre de Moraes, Rosa Weber, todos vocês aí, são bandidos, vagabundos”, disse Moreira em um dos vídeos, que é repleto de xingamentos contra Moraes.
Marcos Soares Moreira estava proibido de usar as redes sociais como uma das medidas cautelares.
Em sua decisão de prender novamente, cita o Ministro Alexandre de Moraes os seguintes argumentos:
Mesmo ciente dessa proibição [de uso das redes sociais] e demonstrando total desprezo pela Justiça, o denunciado publicou dois vídeos na rede social TikTok, nos quais ataca esta corte e profere diversas ofensas à honra dos ministros que a integram. Em uma das publicações, convoca manifestantes para, no dia 12 de outubro de 2023, irem às ruas ‘contra essa pauta absurda que esta Justiça está colocando para ser votada para liberar o assassinato e o homicídio de bebês'”, escreveu Moraes na decisão.