
Julho de 2024: Ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e o Desvio das Joias recebidas em Viagens ao Exterior, da Arábia Saudita.

Entenda o Caso!
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou na segunda-feira (8/7) o sigilo de inquérito que investiga um suposto esquema de negociação ilegal de joias dadas por delegações estrangeiras à Presidência da República durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
FONTE: Plataforma de notícias BBC
Desde o início das investigações sobre o caso, Bolsonaro e seus assessores têm negado qualquer irregularidade no trâmite das joias.
O documento, agora tornado público, foi produzido pela Polícia Federal (PF) e fundamentou o indiciamento de Bolsonaro e de mais 11 pessoas na semana passada, acusadas de terem participado de um esquema para apropriação indevida de joias milionárias.
O ex-presidente foi indiciado por três crimes:
a) organização criminosa (com penas de um a três anos de reclusão);
b) lavagem de dinheiro (de três a 10 anos) e
c) peculato (apropriação de bem público), com pena de dois a 12 anos de reclusão.
Após a quebra do sigilo, a BBC News Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa de Bolsonaro e com Fábio Wajngarten, ex-secretário de comunicação da Presidência e que atua como advogado do ex-presidente, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

1. Esquema teria movimentado R$ 6,8 milhões
Entre esse itens estariam:
A) um conjunto de itens masculinos da marca Chopard contendo uma caneta, um anel, um par de abotoaduras, um rosário árabe (“Masbaha”) e um relógio recebido pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, após viagem a Arábia Saudita, em outubro de 2021;
B) um kit de joias, contendo um anel, abotoaduras, um rosário islâmico (“Masbaha”) e um relógio da marca Rolex, de ouro branco, entregue a Bolsonaro durante visita oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019;
C) duas esculturas douradas: uma em formato de barco, sem identificação de procedência até o momento; e uma em formato de palmeira, entregue a Bolsonaro no Bahrein em novembro de 2021;