

Leia a íntegra do relatório da PF com mensagens entre Bolsonaro, Eduardo e Malafaia.
Fonte VALOR Econômico: Documento traz pedido de indiciamento de ex-presidente e deputado por suspeita de coação de processo.
Por Valor — São Paulo 21/08/2025 13h04 Atualizado há 2 dias
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foram indiciados pela Polícia Federal nessa quarta-feira (20) por suspeita de tentar interferir no andamento da ação sobre tentativa de golpe de Estado — que tem Bolsonaro entre os réus. No âmbito da mesma apuração, o pastor Silas Malafaia foi alvo de busca e apreensão.
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Leia abaixo a DECISÃO do eminente Doutor ALEXANDRE DE MORAES, Ministro do Supremo Tribunal Federal sobre a DETERMINAÇÃO para APREENSÃO DO APARELHO DE CELULAR do Pastor SILAS MALAFAIA.

No relatório da PF que fundamentou o indiciamento de pai e filho por coação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, constam documentos e a transcrição de mensagens e áudios que estavam no celular de Bolsonaro. Algumas das conversas haviam sido apagadas, mas a PF conseguiu recuperar.
Essas informações, segundo os investigadores, além de indicarem os crimes, confirmam que Bolsonaro descumpriu decisões cautelares do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, encaminhou o relatório para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e deu prazo de 48 horas para a defesa de Bolsonaro se manifestar.
Em nota à imprensa, os advogados do ex-presidente afirmaram que receberam o indiciamento com “surpresa” e que “jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta”. Malafaia negou ter colaborado com Eduardo para coagir autoridades e disse sofrer perseguição. Eduardo também negou que sua atuação configure interferência em processos judiciais e que sempre deixou claro seus objetivos políticos.
Fonte BBC News Brasil: Asilo na Argentina, conversas com Malafaia e advogado de empresa de Trump: os argumentos da PF para indiciar Jair e Eduardo Bolsonaro.
Abaixo, RELATÓRIO FINAL do Inquérito Policial n.º 4.995/2025 – POLÍCIA FEDERAL que constatou descumprimentos das medidas
cautelares impostas, a reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga.
Reportagens sobre o INDICIAMENTO do Ex-presidente JAIR BOLSONARO e de seu filho, Deputado Federal EDUARDO BOLSONARO.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta quarta-feira (20) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste em até 48 horas sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas por ele.
“Os elementos de prova obtidos pela Polícia Federal indicam que JAIR MESSIAS BOLSONARO tinha posse de documento destinado a possibilitar sua evasão do território nacional, após a imposição de medidas cautelares”, escreve o ministro.
“Diante de todo o exposto, INTIME-SE a Defesa de JAIR MESSIAS BOLSONARO para que, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, preste esclarecimentos sobre os reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas, a reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga”, diz a decisão.
A PF teria identificado a existência comprovada de risco de fuga do ex-presidente por meio de um documento modificado pela última vez em fevereiro de 2024. O conteúdo, intitulado “Carta JAIR MESSIAS BOLSONARO.docx”, continha um pedido de asilo político para a Argentina.
No arquivo de 33 páginas endereçado ao presidente argentino Javier Milei, Bolsonaro afirmava ser alvo de uma perseguição política e de “diversas medidas cautelares”. Ele está hoje em prisão domiciliar e impedido de utilizar o telefone ou as redes sociais diretamente ou por meio de terceiros.
Questionada pela CNN Brasil, uma fonte da Casa Rosada negou o recebimento do pedido de asilo na Argentina.
A investigação da PF aponta que o documento foi salvo dois dias após a Operação Tempus Veritatis, que resultou em quatro mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão.
“De início, devo dizer que sou, em meu país de origem, perseguido por motivos e por delitos essencialmente políticos. No âmbito de tal perseguição, recentemente, fui alvo de diversas medidas cautelares”, teria escrito Bolsonaro.
Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foram indicados nesta quarta-feira pela PF (Polícia Federal) pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
No relatório, a corporação afirma que ambos têm atuado para obstruir o avanço da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, que tem Bolsonaro como principal réu.
Moraes encaminhou o relatório para a PGR (Procuradoria-Geral da República).
Fonte CNN Brasil
