Nesta quinta-feira, 6 de julho de 2023, a Polícia Civil do Amapá, por meio da 6ª Delegacia de Polícia da Capital, deflagrou a “Operação Cuprum“, com o objetivo de cumprir 09 (nove) MANDADOS DE BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR.
O objetivo da “Operação Cuprum” visava reprimir furtos de cabeamento metálico/cobre utilizados na conexão de internet, ora instalados em via pública, ora em torres de transmissão, de propriedade das Operadoras de Telefonia Móvel OI, CLARO e VIVO.
Durantes a diligência em um dos locais, fortuitamente, foram encontrados cabos de energia pertencentes à empresa CEA/EQUATORIAL ENERGIA.
De acordo com Ronaldo Entringe, Delegado Adjunto da 6ª Delegacia de Polícia da Capital, que coordenou a Operação, foram encontrados e apreendidos, aproximadamente, 01(uma) tonelada de fios de cobre e uma arma de fogo.
Três indivíduos, com idades entre 32 e 60 anos, foram presos em flagrante, sendo um deles por desobediência à ordem judicial, outro por posse ilegal de arma de fogo, receptação qualificada e possível associação criminosa.
E um terceiro, também por receptação qualificada, que é aquele crime praticado no exercício de atividade econômica.
Também foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos em posse dos investigados, o que ensejará um aprofundamento das investigações.
Receptação
Art. 180 – Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Receptação qualificada
Parágrafo 1º – Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime:
Pena – reclusão, de três a oito anos, e multa.
Parágrafo 2º – Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência.
“Durante a investigação policial, restou apurado que a prática do furto de cobre resulta no delito de receptação, uma vez que o material é comprado por sucatarias que atuam em Macapá, ora diretamente daqueles que praticam os furtos, ora de sucatarias menores espalhadas pela cidade de Macapá, que revendem o material ilícito para as sucatarias maiores, as quais foram alvo das diligências de busca e apreensão.
A prática delituosa tem possibilitado aos infratores alvo da operação a realização de ‘negócios’ com siderúrgicas e indústrias de outros estados da federação num valor estimado de R$ 350 mil ao mês, comercializando o material ilícito”, explicou o delegado.
A Delegada Joseane Carvalho, titular da 6ª Delegacia de Polícia da Capital, ressaltou ainda, que esses furtos provocam, rotineiramente, a interrupção de fornecimento de acesso à internet para órgãos públicos, estabelecimentos comerciais e cidadãos de Macapá e de outras cidades do Estado do Amapá e energia elétrica. Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos cabos de eletricidade da CEA/EQUATORIAL. (Fonte Polícia Civil do Amapá)
“Esse tipo de ação visa combater o furto de fios de cobre, principalmente, utilizados em cabeamentos de telecomunicações, bem como de energia elétrica, pois o furto desse material resulta na interrupção de serviços de telefonia, internet e elétrico, sendo que não levamos em conta apenas o prejuízo material das empresas vítimas, mas, especialmente, o prejuízo que isso causa na sociedade como um todo, e, por isso, combatemos constantemente estas práticas criminosas”, complementou a delegada. (Fonte Polícia Civil do Amapá)
A “Operação Cuprum” foi comandada pela 6ª Delegacia de Polícia da Capital e teve a cooperação do Departamento de Polícia da Capital, das 1ª, 8ª, 9ª e 10ª Delegacias de Polícia da Capital, da CORE – COORDENADORIA DE OPERAÇÕES E RECURSOS ESPECIAIS, da CECCOR – COORDENADORIA ESPECIAL DE COMBATE À CORRUPÇÃO E AO CRIME ORGANIZADO e da DECCP – DELEGACIA ESPECIALIZADA EM CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO.
Segundo a Delegada Joseane Carvalho, a operação foi batizada como “Cuprum” em alusão a expressão em latim do metal cobre.
Os inquéritos policiais serão concluídos e encaminhados à Justiça para a responsabilização dos infratores.
FONTE: Polícia Civil do Amapá